Site icon A minha dieta diária

O azeite mais saudável: saiba qual é!

Não há gordura que apresente tantos benefícios para a saúde como o azeite virgem. Não em vão, esta gordura saudável é também chamada de “ouro liquido”. Há muito que se relaciona o azeite virgem, em conjugação com a dieta Mediterrânea, com menos mortes por doenças cardiovasculares.

Mas os benefícios do azeite para a saúde são imensos. As investigações mais recentes puseram em relevo todas as vantagens que possuem uns compostos fenólicos que só se encontram no azeite de oliva virgem e que possuem uma ação preventiva sobre várias doenças. Conheça todos os seus benefícios e qual é o melhor azeite para a saúde.

Porque é que o azeite é saudável?

Ajuda a controlar o colesterol e a aterosclerose, evita a oxidação das células, regula a pressão sanguínea, é útil no tratamento e prevenção de alguns tipos de diabetes e pode ajudar a proteger o organismo contra determinados cancros e a doença de Alzheimer.

As investigações sobre o azeite e os seus efeitos sobre a saúde cardiovascular tem aumentado nos últimos anos, vindo revelar que o consumo de azeite protege das doenças cardiovasculares. O efeito protetor deve-se à sua riqueza em ácido oleico, mas também a outros componentes secundários que possuem propriedades antioxidantes – os chamados polifenóis.

O azeite tem a capacidade de baixar o colesterol mau (LDL), sem reduzir o colesterol bom (HDL) – o colesterol que protege frente à aterosclerose, e que portanto, mantém as artérias em bom estado.

Azeite vs outros óleos e gorduras

As gorduras que aumentam o colesterol mau (LDL), são as gorduras saturadas, muito abundantes em produtos lácteos, carne, seus derivados e os óleos vegetais tropicais, como o de palma.

Estes óleos vegetais tropicais são muitas vezes utilizados na preparação de alimentos industrias amplamente consumidos por crianças e jovens. As gorduras saturadas fazem aumentar o colesterol LDL (mau), sendo que o seu efeito prejudicial é pior, do que o consumo de alimentos ricos em colesterol.

Os óleos vegetais também muito usados na cozinha e que fazem parte de muitos produtos industriais, como o óleo de girassol ou óleo de milho são gorduras poliinsaturadas, capazes de reduzir o colesterol mau (LDL), no entanto também têm a desvantagem de reduzir o colesterol bom (HDL).

Estudo Predimed e a doença cardiovascular

A dieta Mediterrânea acompanhada de azeite virgem e frutos secos, é capaz de reduzir 30% o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte cardiovascular, foi o que ficou demonstrado no estudo Predimed “Efeitos da dieta mediterrânea na prevenção de doença cardiovascular “, publicado na revista New England Journal.

O azeite virgem pode reduzir a obesidade, diabetes e hipertensão

Numerosos estudos confirmaram que uma dieta rica em azeite, como a dieta Mediterrânea, faz diminuir a incidência de doenças como a obesidade, a diabetes tipo 2, a hipertensão e ajuda a reduzir a resistência à insulina.

Isto, porque se crê que uma dieta rica em azeite faz reduzir a resposta inflamatória, que hoje em dia é considerada, em parte, a causa dessas doenças e, deste modo contribui para diminuir o seu avanço.

O azeite combate o envelhecimento

O azeite, graças à sua riqueza em gordura monoinsaturada, antioxidantes e micronutrientes, retarda o aparecimento das doenças crônicas e aumenta a qualidade de vida na velhice. Além disso, ao fazer parte da dieta Mediterrânea, melhora a qualidade de vida e ajuda a promover a longevidade.

A dieta Mediterrânea, na qual o azeite é a sua principal gordura, é um dos melhores modelos de dieta a seguir. Uma maior qualidade de vida na velhice está relacionada com a redução das doenças crônicas, como doenças cardíacas, cancro e doenças neurodegenerativas.

O ácido oleico e o cancro de mama

Um estudo realizado por cientistas espanhóis demonstrou que o azeite pode ajudar na prevenção e no tratamento do cancro da mama, devido ao seu componente principal, o ácido oleico.

As conclusões do estudo, dirigido pelo cientista Javier Menendez, biólogo molecular do Instituto de Pesquisa de Chicago Northwestern Health confirmou que a ingestão de ácido oleico que se encontra no azeite virgem reduz significativamente um dos genes mais agressivo associados a tumores.

O diretor do departamento de Oncologia Médica, Instituto Catalão de Oncologia, Ramon Colomer, que também participou neste estudo, referiu que o ácido oleico “fortalece as membranas celulares” e contribui para “a regulação dos genes.”

Propiedadades anti-inflamatórias semelhantes às do ibuprofeno

Até agora é bem conhecido os benefícios do azeite para diminuir o colesterol, prevenir as doenças cardiovasculares, a diabetes, o cancro, mas novos estudos vão surgindo. Mais recentemente alguns investigadores americanos descobriram um novo componente no azeite extra virgem com propriedades anti-inflamatórias similar ao medicamento ibuprofeno.

O autor desta grande descoberta foi o Dr. Beauchamp, biólogo do Centro de Pesquisa Monell, na Pensilvânia (EUA), que, numa conferência de gastronomia molecular, na Sicília, notou que o azeite extra virgem produzia na garganta uma ligeira irritação picante semelhante ao ibuprofeno. Este cientista já tinha realizado trabalhos anteriores relacionados com este medicamento.

Posteriormente o Dr. Beauchamp, juntamente com um grupo de cientistas isolaram o composto químico que gerou o sabor picante, o qual chamaram Oleocanthal e descobriram que, à semelhança do ibuprofeno ou da aspirina, é capaz de inibir a atividade da COX-1 e COX-2.

O azeite extra virgem protege contra a doença de Alzheimer

Um novo estudo publicado na revista ACS Chemical Neuroscience revelou que o consumo de azeite extra virgem ajuda a reduzir o risco de doença de Alzheimer, graças ao componente do azeite chamado Oleocanthal que previne e corrige as proteínas anormais beta-amiliodes do cérebro. Os investigadores ao verificarem que a prevalência da doença de Alzheimer é menor nos países mediterrânicos, atribuíram isso ao alto consumo do azeite, a gordura consumida em grandes quantidades na dieta Mediterrânica.

O relatório conclui que o Oleocanthal- um composto fenólico presente no azeite extra virgem tem a capacidade para reduzir o risco de doença de Alzheimer e outras demências neurodegenerativas próprias da idade avançada.

O azeite virgem protege o fígado

Vários estudos demonstraram que o azeite protege o figado do stress oxidativo, um processo que está associado a muitos problemas de saúde e acelera o envelhecimento do corpo. Num experimento, os cientistas alimentaram ratos com um herbicida levemente venenoso, que é conhecido por causar stress oxidativo.

No grupo dos ratos que receberam na alimentação um suplemento de azeite extra virgem puro, observou-se um aumento da atividade das enzimas antioxidantes, fazendo com que o fígado ficasse protegido das substâncias nocivas do herbicida. Os cientistas concluíram que o azeite extra virgem protege as células do fígado do stress oxidativo causado por toxinas.

Outro estudo recente, realizado pela Universidade Pablo de Olavide e o Centro Andaluz de Biologia Molecular e Medicina Regenerativa confirmou o papel protetor do azeite virgem extra na doença do fígado gorduroso não alcoólico.

No estudo foram utilizados ratos que primeiro desenvolveram síndrome metabólica após terem sido alimentados com dietas ricas em gorduras saturadas. Os ratos foram alimentados depois com dietas ricas em gordura mas com um perfil lipídico e conteúdo polifenólico diferente, graças à presença de diferentes azeites virgem extra.

A conclusão da investigação descobriu que o azeite virgem extra fez reverter os danos do fígado causada por uma dieta rica em gordura, porque activa os mecanismos anti-inflamatórios no tecido adiposo e na modificação da composição lipídica do próprio fígado.

Como escolher o azeite mais saudável

Só o azeite virgem tem benefícios para a saúde!

Ao comprar uma garrafa de azeite, se verificar que no rótulo só aparece a palavra “azeite”, significa que está a comprar azeite refinado, ao qual foi adicionado um pouco de azeite virgem para melhorar o seu sabor, mas sem os benefícios do azeite virgem para a saúde.

Os polifenóis, uns antioxidantes que oferecem tantos benefícios à saúde, só estão presentes no azeite virgem, mas se o azeite passar pelo processo de refinação, estas substâncias benéficas desaparecem.

Por esta razão, deve consumir azeite de oliva virgem sem misturas com outros tipos de gorduras. Certifique-se de que a palavra “virgem” vem expressa no rótulo. Como conselho médico, o Dr. González Aragón recomenda o consumo diário de duas colheres de sopa de azeite puro de oliva extra virgem, como uma medida antienvelhecimento, com muitos benefícios para a pele, a digestão, as membranas celulares e contra a inflamação crônica.

Beber diariamente 2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem diretamente na boca, ou no pão ou nas saladas é uma medida, que para além de muito saudável, tem também um baixo custo em comparação aos medicamentos.

Melhor azeite para cozinhar

O azeite perde propriedades quando é aquecido a altas temperaturas. A maioria das vitaminas e polifenóis e os ácidos gordos insaturados contidos no azeite virgem extra são sensíveis ao calor. No entanto, o azeite é de todos os óleos vegetais o que produz menos substâncias tóxicas durante a fritura, mesmo quando exposto a altas temperaturas.

As temperaturas acima dos 180 ° C, faz com que, qualquer azeite comece a deitar fumo e formam-se substâncias tóxicas. É por isso que o azeite faz mal à saúde, mas só quando é aquecido a altas temperaturas.

O azeite de oliva “virgem” ou “virgem extra” são azeites mais adequados para consumir em cru. Para usufruir de todos as suas propriedades medicinais use-os para saladas e pratos frios. Também são adequados para cozinhar a baixas temperaturas.

O azeite refinado faz mal?

Quando o azeite não for “virgem extra” ou “virgem” é refinado. O azeite refinado é mais adequado para cozinhar. É um azeite que passou por um processo de refinação, mas do ponto de vista nutricional, é pobre, porque perdeu quase todas as substâncias benéficas do azeite virgem.

Em termos simples, quanto mais refinado, menor será a qualidade do azeite. No entanto, o azeite refinado pode servir para fritar e cozinhar.

Contudo, qualquer azeite – tanto o azeite comum como o extra virgem – produzem menos substâncias tóxicas em comparação a outros óleos vegetais, quando submetidos a altas temperaturas. Isto ocorre porque a gordura insaturada do azeite é mais resistente à oxidação do que os outros óleos.

Por isso, é recomendado o azeite em geral para fritar e cozinhar. Isto porque, geram níveis mais baixos de componentes tóxicos, mas também porque os componentes que se formam são menos nocivos para o corpo humano.

O azeite nas dietas de emagrecimento

O azeite é uma gordura saudável e embora calórica, também é muito benéfica para quem quer perder peso. Além disso, tem um elevado poder saciante que evita a fome. As gorduras cumprem funções importantes no organismo. Cerca de 30 a 35 % das calorias devem provir da gordura.

A gordura saudável como o azeite virgem é a melhor opção em qualquer dieta de emagrecimento. Mas saiba que o azeite deve ser consumido com moderação. São recomendadas duas colheres de sopa por pessoa ao dia. Uma colher de sopa de azeite contém 90 calorias. Não será duas colheres ou três de azeite que fará engordar, mas sim o excesso das calorias ingeridas ao longo do dia.

As gorduras saturadas, trans e as polinsaturadas em excesso, que se encontram nas carnes gordas, margarinas, óleos vegetais e alimentos industriais não são saudáveis porque originam problemas de saúde, estas são as gorduras que devem ser banidas da sua dieta diária.

No entanto, as gorduras monoinsaturadas que se encontram no azeite, para além dos potentes antioxidantes, são saudáveis e, seria uma imprudência não incluí-las na dieta depois de conhecer todos os benefícios para a saúde.

O azeite é a gordura mais saudável, é a gordura por excelência da dieta Mediterrânea e, cada vez mais, os estudos científicos descobrem novos benefícios para a saúde. Faça do azeite extra virgem a sua gordura preferida!

Exit mobile version