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Índice glicémico – se quer emagrecer conheça este conceito

Várias dietas com redução dos hidratos de carbono como a dieta de South Beach e a dieta Montignac baseiam-se no índice glicémico dos alimentos para emagrecer e não nas calorias. O IG, também assim dominado indica-nos quais são os alimentos que mais fazem subir os níveis de açúcar no sangue e a sua relação com o ganho de peso.

Sendo assim, o índice glicémico ajuda-nos a compreender, que nem sempre emagrecer depende somente das calorias que ingerimos, mas da subida da glicémia causada por alimentos com um elevado IG, que faz com que o corpo produza muita insulina e isso faz engordar.

O que é o índice glicémico dos alimentos?

O índice glicémico (IG) é uma medida que indica a rapidez com que os açúcares dos hidratos de carbono entram na corrente sanguínea após a sua ingestão e o seu efeito sobre a glicémia (açúcar do sangue) e a insulina.

Como os hidratos de carbono não têm o mesmo impacto no sangue, o índice glicémico classifica os hidratos de carbono em 3 níveis que vão de baixo a superior:

Um alimento com um IG elevado significa que é assimilado rapidamente, fazendo logo aumentar os níveis de açúcar no sangue. Exemplos de alimentos com um alto índice glicémico são massas e pães elaborados com farinha branca, batatas, arroz branco e doces. Estes alimentos devem ser restringidos quando se trata de emagrecer.

Um IG baixo indica que a absorção dos alimentos é feita mais lentamente, sem provocar subidas bruscas da glicose e insulina. Os alimentos com baixo índice glicémico incluem as frutas, legumes, leguminosas. Estes alimentos podem fazer parte de uma dieta de emgrecimento.

A sua importância

Os níveis de glicose (açúcar do sangue) faz com que o pâncreas produza insulina, hormona que armazena o excesso de açúcar que as células não puderam utilizar, sob a forma de gordura. Os alimentos com um índice glicémico alto estimulam demasiado a produção de insulina, que como já vimos, para além de armazenar o açúcar em gordura, faz com que, 2 a 3 horas após as comidas, o nível de glicose no sangue desça de repente (hipoglicemia), provocando fome e a necessidade de comer novamente.

Por isso, a tendência de muitas pessoas é voltar a comer hidratos de carbono de alto IG, fazendo com que entrem, num ciclo vicioso, onde estão constantemente a ingerir alimentos doces. Por isso alguns cientistas chamam à insulina, a “hormona da fome”.

A sua relação com a saúde

O índice glicémico, além de ser usado nas dietas de emagrecimento, também serve para os diabéticos, já que estas pessoas devem evitar os picos de açúcar no sangue. Além disso, muitos estudos revelaram que as dietas que têm um impacto relativamente baixo na glicose do sangue pode proteger-nos de diabetes e das doenças cardíacas.

Portanto, escolher os alimentos menos propensos a fazer subir a glicose no sangue pode ser uma maneira saudável de se alimentar, especialmente para quem tem resistência à insulina, diabetes, doenças cardíacas ou queiram emagrecer.

Um alimento com um IG alto tem mais calorias?

O índice glicémico só nos indica a velocidade com que os carboidratos contidos num alimento são absorvidos, mas não se refere á sua quantidade calórica. Um alimento pode ser muito calórico e ter um baixo índice glicémico. Isto ocorreria no caso dos frutos secos, frutas como a abacate, certos hidratos de carbono integrais, as leguminosas como o feijão e ainda os alimentos proteicos e as gorduras.

Factores que podem influenciar o índice glicémico

A gordura, a fibra e a proteína quando ingeridos conjuntamente com os hidratos de carbono, retrasam a absorção dos seus açúcares, permitindo uma maior sensação de saciedade. Por outro lado, a cozedura dos alimentos aumenta o seu IG, é o caso da cenoura que quando cozida passa de um IG baixo (30) a ter um IG alto (85).

A quantidade e a carga glicémica

Embora o índice glicémico indique a quantidade de hidratos de carbono contida num alimento, no entanto apresenta algumas desvantagens, já que não tem em conta a quantidade total de alimentos ingeridos numa refeição. Razão pela qual as tabelas de índices glicémicos não incluem as porções que se deve comer.

Por isso, e como alternativa ao IG, surgiu entretanto, um conceito mais realista para medir com maior exatidão o impacto de uma porção de alimento na glicémia. Esse valor é a carga glicémica (CG) que é calculado ao multiplicar o valor do IG pela quantidade de hidratos de carbono contida na porção de alimentos que vai ser ingerida, depois é dividido por 100 ( CG = IG x gramas de HC de uma porçao/100).

Os valores da carga glicémica:

Um exemplo muito usado para explicar porque a carga glicémica é uma medida mais realista, é o que acontece com a melancia. A melancia tem um índice glicémico elevado (75), mas é elevado porque é preciso comer 1 quilo de melancia para chegar aos 50 g de hidratos de carbono (que é a medida padrão para medir o índice glicémico). É uma quantidade grande que praticamente ninguém come numa refeição.

Mas uma quantidade pequena de 150 g a 200 g de melancia, contém apenas 7 a 9 g de hidratos de carbono, o que representa uma carga glicémica baixa. Normalmente quanto maior for o índice glicémico de um alimento, menor deve ser a dose que devemos comer de esse alimento.

Como utilizar o índice glicémico para emagrecer?

Para quem quer basear-se no índice glicémico para emagrecer, as suas escolhas devem recair nos alimentos de baixo índice glicémico. Contudo, factores como a contagem das calorias e o valor nutricional dos alimentos também é preciso considerar ao planear uma dieta.

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