A dieta alcalina, também conhecida como a dieta do pH, baseia-se em aumentar o consumo de alimentos alcalinos e reduzir os alimentos ácidos. Se fizermos uma dieta alcalina potenciamos o nosso sistema imunitário e ficamos protegidos das doenças. Além disso, podemos emagrecer, embora seja uma dieta mais focada na saúde e com muitos benefícios.
Quando o nosso organismo está num ambiente muito ácido, sentimos cansaço, fraqueza e estamos mais propensos às doenças e a ganhar peso, por isso é importante saber onde se encontram os alimentos ácidos de forma a reduzi-los e a priorizar os alimentos alcalinos.
A importância do equilíbrio do pH
O nosso sangue é, em condições normais, ligeiramente alcalino, com um valor de pH em torno dos 7,4. Um pH abaixo de 7 é considerado ácido, e acima de 7 alcalino. Quando o organismo encontra-se num meio muito ácido, conduz a problemas de saúde, como dores de cabeça e nas articulações, alergias, falta de energia, dificuldade em perder peso, insônia, baixo rendimento mental, maior propensão ao stress, possibilidade de contrair cancro etc.
Em que consiste a dieta alcalina
A dieta alcalina, tal como o nome indica, promove a ingestão de alimentos alcalinos, a fim de manter o pH do corpo equilibrado entre 7,35 e 7,45. Sendo assim, a ingestão diária deve consistir em: 80 % de alimentos alcalinos e 20% de alimentos ácidos.
Não é preciso contar calorias ou pontos. O foco está em saber reconhecer os alimentos alcalinos e alimentos ácidos e manter o equilíbrio entre ambos grupos de alimentos.
O facto de que os alimentos sejam considerados ácidos, não é porque tenham sabor ácido, mas pelos resíduos que deixam no organismo depois de serem ingeridos. Por exemplo o limão tem um sabor ácido, mas é um alimento alcalino depois de digerido. Por isso, não devemos fazer confusão com o sabor dos alimentos.
A acidez e a alcalinidade de um alimento depende do seu efeito no organismo após a sua digestão, e não do seu sabor enquanto o comemos. Quase todos os alimentos, depois de digeridos, formam resíduos ácidos e alcalinos.
Emagrecer com a dieta do pH, é possível?
Com a dieta alcalina também é possível emagrecer, porque as refeições diárias compõe-se principalmente de alimentos frescos como frutas, legumes e verduras, que são pobres em calorias. Além disso, serão ingeridos uma menor quantidade de grãos, açúcares refinados, alimentos processados e carnes, o que vai beneficiar a perda de peso.
Alimentos alcalinos
Estes são os alimentos permitidos na dieta alcalina, são alimentos alcalinos que podem ser comidos à vontade.
Legumes e verduras, em particular as verduras de folha verde: brócolos, espinafre, alfaces, couves, pak choi, agrião, acelga, dente-de-leão, couve-flor, pepino, abóbora, pimentos, batata-doce, feijão verde, aipo, cenoura, berinjela, cebola, alho, rabanetes, algas, rebentos, tomate…
Frutas: abacate, banana pouco madura, limão, lima, coco fresco, toranja, cerejas azedas.
Frutas secas/desidratada: passas, ameixas, damascos, tâmara, figos.
Cereais e leguminosas: trigo sarraceno, espelta, milheto, kamut, quinoa, amaranto, grão de bico.
Frutos secos e sementes: amêndoas, castanha do Pará, sementes de gergelim, sementes de girassol, chia, sementes de abóbora, linhaça.
Proteínas: proteína de soja, tempeh, tofu.
Gorduras e óleos: azeite virgem extra, óleo de uva, óleo de abacate, óleo de coco, óleo de linhaça.
Especiarias e ervas aromáticas: todas as ervas frescas (manjericão, coentros, hortelã, salsa, tomilho, cebolinho), pimenta, pimenta de caiena, carril/curry, sal marinha, sal do Himalaia, gengibre, sementes de mostarda, sementes de cominho, canela…
Bebidas: água, batidos de legumes frescos, infusões de ervas, leite de aveia, leite de amêndoa, leite de soja (tudo sem açúcar)
Diversos: farinha de trigo sarraceno, farinha de espelta, farinha de milheto, leite de coco fresco, farinha de soja, stevia (adoçante natural)
Alimentos ligeiramente alcalinos – devem ser comidos com moderação
Estes alimentos não são totalmente alcalinos, por isso o consumo abusivo pode levar o corpo a formar acidez, o que não é benéfico. Consumir com moderação, mas sempre são preferíveis que aos ácidos (mais abaixo indicados).
Frutas: maçãs, ananás, damascos, bananas maduras, peras, mirtilos, morangos, romã, framboesas, melão-cantalupo, groselhas, cerejas doces, manga, melões, laranjas, papaia/mamão, pêssego, ameixas, groselhas, melancia.
Cereais e leguminosas: pão integral, massa integral, massas de espelta, arroz integral, arroz selvagem, massa de trigo sarraceno, arroz integral, massa de soja, flocos de aveia, lentilhas, feijão encarnado, feijão branco, feijão-de-lima, feijão mungo.
Frutos secos: avelãs, nozes de macadâmia, nozes, pinhões.
Peixe: peixe fresco de água doce.
Gorduras e óleos: óleo de canola, óleo de gergelim, óleo de girassol, óleo de noz.
Adoçantes: xarope de agave, xarope de maçã, xarope de pera.
Diversos: vinagre de maçã.
Alimentos ácidos
Estes são os alimentos ácidos, não devem ser comidos todos os dias e devem ocupar uma pequena parte na alimentação em geral. Devem constituir apenas o 20% dos alimentos ingeridos, enquanto que os alimentos alcalinos devem constituir o 80%.
- Todas as carnes: carne de porco, cordeiro, frango, peru, vitela, cordeiro etc.
- Enchidos e charcutaria como salsichas, chouriços, fiambres…
- Peixes de água salgada, mariscos e ovos
- Leite e produtos lácteos: queijos, iogurte, requeijão, kefir
- Produtos refinados de cereais, como pizza, massas, arroz, pão, milho e amido de milho, farinha branca
- Frutos secos como caju, amendoins, pistáchios
- Gorduras e óleos, como gorduras saturadas, gorduras e óleos hidrogenados, margarina, óleo de milho, manteiga, ghee
- Temperos como vinagre, ketchup, mostarda, maionese, molho de soja
- Doces: açúcar, açúcar integral, mel, edulcorantes artificiais, xarope de bordo, frutose, melaço, chocolate, adoçantes
- Bebidas: bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, refrigerantes, bebidas gaseificadas, sumos de frutas industriais, chá verde e chá preto, café
- Todas as refeições prontas e alimentos enlatados, conservas de frutas, sopas em pó, fritos e a comida “fast-food”
As refeições compradas prontas estão geralmente cheias de substâncias que causam acidificação e ainda com teores de açúcar e sal elevados. Cozer os alimentos em excesso, faz com que perda nutrientes.
Princípios da dieta alcalina
- Na dieta alcalina devemos ingerir mais alimentos alcalinos e menos ácidos. Os alcalinos devem constituir 80% dos alimentos e os ácidos apenas 20% dos alimentos.
- Evitar alimentos processados, açúcar e hidratos de carbono, porque além de ácidos fazem aumentar também o nível de glicose, que além de não ser saudável faz engordar.
- A dieta do pH não rejeita completamente os alimentos ácidos, o meio ácido também é importante para o organismo.
- Muitas doenças são o resultado do esforço do organismo por manter o equilíbrio ácido-alcalino. Os especialistas concordam que o cancro prefere um meio ácido em vez de um meio alcalino, por isso a dieta alcalina protege contra o cancro.
- Normalmente a dieta vegetariana (quando bem cumprida) pode manter o equilíbrio do pH ácido-alcalino.
Beber muita água
No seguimento da dieta do pH é importante beber muita água para ajudar o organismo a eliminar o excesso de substâncias ácidas. Além da água, podem ser bebidos água com limão e chás de ervas. O chá de gengibre é especialmente recomendado para combater a acidez.
O desporto também é aconselhável, pelo menos 20 a 30 minutos de exercício físico todos os dias. Isto faz aumentar o metabolismo e melhora a purificação e a regeneração do corpo.





O que faz mal do açúcar não é a glicose, e sim a frutose